domingo, 9 de junho de 2019

UMA POESIA, UMA MÚSICA, UM VULCÃO!


Nunca houve uma mulher como você
Em milhões de anos luz de solidão
Minhas noites novamente são azuis
Minhas tardes são douradas de verão
Você é o meu paraíso
A pessoa que eu tanto preciso
Com loucura e paixão
E rezo com o teu olhar
Eu gozo com a tua voz
Esse amor arrebenta com tudo
Parece até que o mundo
Não sobrevive sem nós
Nunca ouve uma mulher como você
Entre tantas que já tive em minhas mãos
Eu preciso acreditar que sou feliz
Mas persigo os teus mistérios como um cão
E tudo parece tão claro
E tudo parece perfeito
Mas quando acordo e me vejo
O espelho diz que não
Quem sonha contigo molha a cama
Quem te ama dorme à sombra de um vulcão
Quem sonha contigo molha a cama
Quem te ama dorme à sombra de um vulcão


Simplesmente, Raimundo Fagner Cândido Lopes- A sombra de um vulcão! 

Por Wando Pontes    

segunda-feira, 3 de junho de 2019

A Surdez



O homem tornou-se surdo.
Não por inabilidade total de ouvir,
Mas pela falta de tempo, núcleo principal, para que a palavra se transforme em som.

O Homem tornou-se surdo.
Não porque seu ouvido externo deixou de captar o som, mas pelo desapego às ideias e pensamentos de terceiros.

O Homem tornou-se surdo.
Não por debilidade do conjunto pavilhão, canal auditivo, e tímpano, mas pelo egoísmo, que faz o homem selecionar, de quem deve ser ouvida a palavra, como se a palavra deixasse de ter sentido para ter dono.

O homem portador da surdez ambiciosa esqueceu que tudo é transmitido pelo cérebro, é com ele que ouvimos o canto dos pássaros, e que ouvir é símbolo de sabedoria e caridade.

O ouvir é a arte do professor,
E a razão do julgador.

Não devemos limitar tão salutar sentido, por sentimentos tão mesquinhos, utilizaremos de tão belo dom, pois, o riso de uma criança, o som das águas do mar, o vento, as palavras de um ancião tem valor inestimável.

Já o desprezo, o egoísmo e a ganância não produzem som, apenas vem a ferir o coração e maltrata a alma.


(Paulo Sales)